Qual o propósito da Escola Espírita?

ÉPOCA DE DESOLAÇÃO

“Tocaste a época da desolação, em que os homens não mais se compreendem uns aos outros. A morte de todos os vossos ideais de concórdia, a falência dos vossos institutos pró-paz requerem a atenção acurada da Sociologia e esta somente poderá solucionar os problemas que vos assoberbam, cheios de complexidade e transcendência, com o estudo do Evangelho do Cristo, porém, não segundo os ditames da convenção social, que há muitos séculos vem transformando o ideal de perfeição do Crucificado num acervo de exterioridades, que os homens adotaram por questão de esnobismo ou de acordo com os interesses da facção ou da personalidade.

   Novos sistemas políticos, sobre as bases dos nacionalidades que vêm criando no seio dos povos a terrível autarquia, ou sobre os alicerces frágeis desse comunismos que objetiva a extinta  do sagrada instituto da família, apenas correrão o orbe com a sua feição de ideologia ocas, envenenando os espíritos e intoxicando as consciências.    

A NORMA DE AÇÃO EDUCATIVA

“O psicólogo, o pedagogista, o formador das novas gerações, para entrarem na arena da luta a prol do aperfeiçoamento de cada individualidade sobre a Terra, terão de buscar a sua norma de ação dentro do próprio cristianismo, em sua simplicidade inicial, se não quiser em que Humanidade atinja a culminância dos arrastamentos e das destruições.

As religiões literalista passaram, desdobrando  com as suas filosofias, sobre a fronte da Humanidade, um manto rico de fantasias e de  concepções variadas, mas baldas de essências e de espírito que lhes vivificassem os ensinamentos.”

O PROPÓSITO DOS ESPÍRITOS

“O nosso propósito, na atualidade, é cooperar convosco pela obtenção da paz e da concórdia no seio da coletividade humana.

Agora, filhos, já não são mais os homens os donos do trabalho, os senhores absolutos da tarefa. Tomando por seus companheiros os de boa-vontade que se acham aí no planeta, buscando o aprimoramento anímico e psíquico onde aí se encontrem, são os gênios do Espaço que, sob a égipe do Divino Mestre, vêm proclamar, por entre as sociedades terrenas, as consoladoras verdades, as grandiosas verdades.

Já agora, não mais se poderá abafar o ensinamento no silêncio escuro dos calabouços, porquanto uma nova concepção do direito e da liberdade felicita as criaturas.

É em razão disso que os túmulos falam, que os mortos voltam da sombra e do amontoado das cinzas, para dizer-vos que a vida é o eterno presente e que a imortalidade, dentro dos institutos da justiça incorruptível, que nos observa e julga, é um fato incontestável.

Conclamando os homens, nossos irmãos, trazemos a todos o fruto abençoado de nossas penosas experiências, asseverando a cada um que o problema da paz e da felicidade está solucionado no estatuto divino. Todas as nossas atividades objetivam a revivescência do Cristianismo na Terra, de modo que um templo se levante em cada lar e um hostiário em cada coração.

Auxilia-nos, trazendo-nos o concurso da vossa boa-vontade, do vosso querer; ajudai-nos em nossos propósitos benditos  de reedificação do Templo de Jesus, de cujos altares os maus sacerdotes se descuidaram, levados pelos cantos de sereia da vaidade e dos interesses do mundo.

Que o Mestre abençoe a cada um de vós, fortalecendo-vos a fé, para que possamos com Ele, com sua proteção e a sua misericórdia, vencer na luta em que no achamos empenhados.”

(Emmanuel, Emmanuel, 13 ed., p. 43-46)