Suicídio, uma realidade mundial.

A cada 40 segundos 1 pessoa se suicida no mundo;
1 milhão de suicídios por ano no planeta;

A Índia ocupa o primeiro lugar no número de suicídios por ano – 258mil;
O Brasil ocupa o 8º lugar no ranking com 11.821mil.

Por que tantas pessoas se suicidam? O Espiritismo pode impedir o aumento do suicídio?

De acordo com o Evangelho Segundo o Espiritismo a maioria dos casos de suicídio ocorre quando a pessoa não tem forças para suportar os acontecimentos dolorosos. Quando abatido por angustias e infortúnios e pensa só encontrar na morte o fim dos males e misérias vivenciados. Allan Kardec explica que a melhor prevenção para o suicídio é a serenidade, resultante de como se analisa a vida e somando a isso a fé no futuro, que gera a calma e a resignação diante dos embates que todos nós enfrentamos aqui na Terra. Mas, como a serenidade pode ser a segurança para os que passam por momentos angustiosos?

“A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, em uma palavra, são os maiores estimulantes ao suicídio: geram a covardia moral. Quando pessoas de ciência, apoiadas na autoridade do próprio saber, diligenciam provar aos seus ouvintes ou leitores que nada devem esperar após a morte, não os conduzem à conclusão de que, se desventurados, o melhor a fazer é se matarem? Que lhes poderiam dizer para desviá-los disso? Que compensação poderiam lhes oferecer? Que esperança poderiam lhes dar? Nada além do nada. É necessário, por conseguinte, interferir que, se o nada constitui o único remédio heroico, a única perspectiva, melhor seria nele se precipitar de imediato e não mais tarde, para sofrer menos tempo.

A propagação das ideias materialistas é, portanto, o veneno que inocula em muitos o pensamento do suicídio e os que delas se arvoram em apóstolos, assumem sobre si, atroz responsabilidade.

Com o espiritismo, tornando impossível a dúvida, o aspecto da vida se altera; aquele que crê sabe que a vida se prolonga indefinidamente além-túmulo, mas em condições bastante diversas; daí a paciência e a resignação que tão naturalmente afastam o pensamento do suicídio; daí em resumo a coragem moral.

O Espiritismo exibe ainda, sob esse aspecto, outro resultado igualmente positivo e talvez mais determinante. Mostra-nos os próprios suicidas vindo noticiar a infeliz posição deles e provar que ninguém transgride a lei de Deus, sem causar reação desta lei, que proíbe ao ser humano abreviar sua encarnação.

[…] O Espírita possui, então, para contrapor ao pensamento de suicídio, múltiplos motivos: a certeza de uma vida futura, na qual sabe que será tão mais feliz quanto mais infeliz e resignado na Terra; a certeza de que abreviando sua vida, alcança resultado bem diferente do que esperava; que escapa de um mal para contrair um pior, mais duradouro e mais terrível; que se engana ao julgar que, matando-se, irá mais depressa ao Céu; que o suicídio é obstáculo para no outro mundo, reunir-se às pessoas de sua afeição que esperava lá reencontrar; daí a consequência de que o suicídio, fornecendo apenas decepções, é contrário aos seus interesses.

Por essas razões, o número dos suicídios impedidos pelo Espiritismo é considerável e pode concluir-se disso que, quando todos forem espíritas não haverá mais suicídios conscientes. Portanto, comparando os resultados das doutrinas materialistas e com os da Doutrina Espírita só pelo prisma do suicídio, interfere-se que a lógica das primeiras a ele conduz, ao passo que a do Espiritismo descia as pessoas do suicídio, fato confirmado pela experiência.”

Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap 5. Itens 14 a 17. Ed. Auta de Souza